counter stats

Canta-me um hino!

segunda-feira, julho 24, 2006

Pedaços teus...

Vagueio pela casa, a lutar contra o peso nas pálpebras que se querem fechar. Não quero dormir, não quero deixar o dia acabar, mesmo quando a noite já chegou há muito tempo.
Vagueio pela casa, dos cantos espreitam-me pedaços teus. Nas páginas do jornal aberto, nas pontas das cigarrilhas no cinzeiro, na marca do teu corpo no sofá.
Vagueio pela casa, a tua ausência a gritar, absurda, pelo meio da presença que sinto colada à pele.
Vagueio pela casa, com uma lágrima de saudade a espreitar-me entre as pestanas, ainda antes mesmo de ter aceite mais uma despedida.
Finalmente convenço-me a ir para a cama e deito-me, só de um lado, em posição fetal, e fecho os olhos num abraço sobre mim própria, com a força dos teus braços a nascer-me do coração.
Até já...

quinta-feira, julho 20, 2006

As medidas do amor

O amor, como tudo o resto também tem medidas. Diz-se, não digo eu.

Para medir o que quer que seja, temos que saber onde começa e onde acaba.
Para pesar temos que ser capazes de empacotar e colocar numa balança.

Mas o amor? O amor escorre. O amor é feito de uma substância muito complexa que inclui sorrisos, suor, saliva, ar, lágrimas, e tantas outras partículas não identificáveis nos parâmetros racionais.
O amor extravasa, explode, flutua, faz cabriolas e é impensável tentar traçar-lhe os contornos. Ou tentem, se quiserem, mas será tarefa inglória.
Não há amores maiores. Não há amores menores.
Há amor e há outras coisas.
Imagine-se que, de tão volátil, a única certeza que lhe traçamos é: existe ou não existe.
Se existe é amor.
E se é amor não se mede.
Existe.

sexta-feira, julho 14, 2006


Mergulho em ti.
Ensopo-me da tua pele porque é nela que eu habito.
Visto-me do teu corpo e arranco para mim o teu cheiro.
Sem medo, nado nesse oceano que eras tu
e onde agora as nossas águas se misturaram.
Enrosco-me nos remoinhos dos teus sonhos
e repouso na maré do teu abraço.
Afogo-me deliberadamente, para te sentir impregnar-me os sentidos.
Despedi-me de mim própria,
Sou uma onda que vem espraiar na areia
Sou parte da corrente que se nutre de uma incansável dança a dois.

quinta-feira, julho 13, 2006

Todos esses que aí andam
Atravancando o meu caminho
Eles passarão...
Eu PASSARINHO!

Assim, sem lógica aparente, passou-me este versinho pela mente, ontem antes de adormecer. Foi uma coisa que li há muito tempo e que, guardado nesses cantos quase invisiveis do sub-consciente, achou que era altura de saltar à vista. Ou ao pensamento.
Então, como inevitávelmente acontece, quando somos assaltados por nós próprios, meditei e acabei por concluir que, mais uma vez o cérebro estava a mandar-me um recado, numa altura em que a razão me parecia insuficiente.
Trocado por míudos, em conversa de graúdos, o que o cérebro me queria dizer (e para tal usou um versinho simplório, porque conhece p meu carácter por vezes infantilóide) era que:
Mesmo quando aparecerem "nuvens" no caminho, elas não hão-de impedir os voos do passarinho. :)

E pronto!

segunda-feira, julho 03, 2006

Tale as old as time (um hino ao amor)




certain as the sun
rising in the east
tale as old as time
song as old as rhyme

Beauty and the Beast