Palavras...
Como gelados numa montra em que escolhemos sabores frescos e coloridos...
Palavras que o vento acorda no orvalho da manhã.
Palavras, como meninas que correm levezinhas,
com os vestidos verdes a enrolarem-se nos tornozelos.
Palavras que às borboletas pedem asas emprestadas
e se elevam no ar em espirais tresloucadas e ansiosas.
Palavras que nos lábios são feitas de mel e de sal
que escorrem pela garganta macias e sumarentas.
Palavras, como beijos,
quando um beijo não chega para tudo o que queremos provar.
Palavras sôfregas. Bebidas até à exaustão.
Mata-me a sede...
1 Comments:
At 7:19 da tarde, Anónimo said…
Algumas são feitas de fel, sôfregas também, só que não matam a sede. Cuidado é para que não matem tudo. Muito cuidado!
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