A noiva do emigrante
Sentada na beira do sofá, tem os olhos fixos no vazio e os ouvidos a reinventarem conversas antigas.
Na almofada ficou o cheiro dele. Não de perfume ou de champô, o cheiro da pele, que lhe entra pelas narinas e lhe desperta os sentidos.
Vê fotografias e cada momento é ampliado até uma visão microscópica lhe desvendar o segredo de cada molécula de recordação.
Conta os dias que faltam para o fim-de-semana, para o café quente de manhã, para as mãos que se entrelaçam no sono.
Faz da saudade uma amiga, companheira e oferece-lhe uma lágrima gorda de nostalgia e vaidade. É vaidosa dele. De passear com ele na rua, de o saber seu. O seu homem.
Agradece a Deus a sua sorte, a sorte que juntou as linhas das suas vidas, que as coseu, que lhes deu tantos nós impossíveis de desatar.
No meio da angústia que a distância provoca, porque o seu emigrante anda longe de casa, há uma serenidade que a preenche. Ela sabe que ele há-de chegar. Que um dia vai entrar pela porta e dizer:
- Amor, cheguei!
E vai ficar para sempre.
Sentada na beira do sofá, tem os olhos fixos no futuro e os ouvidos a adivinharem conversas sem fim. Ela, a noiva do emigrante…
Na almofada ficou o cheiro dele. Não de perfume ou de champô, o cheiro da pele, que lhe entra pelas narinas e lhe desperta os sentidos.
Vê fotografias e cada momento é ampliado até uma visão microscópica lhe desvendar o segredo de cada molécula de recordação.
Conta os dias que faltam para o fim-de-semana, para o café quente de manhã, para as mãos que se entrelaçam no sono.
Faz da saudade uma amiga, companheira e oferece-lhe uma lágrima gorda de nostalgia e vaidade. É vaidosa dele. De passear com ele na rua, de o saber seu. O seu homem.
Agradece a Deus a sua sorte, a sorte que juntou as linhas das suas vidas, que as coseu, que lhes deu tantos nós impossíveis de desatar.
No meio da angústia que a distância provoca, porque o seu emigrante anda longe de casa, há uma serenidade que a preenche. Ela sabe que ele há-de chegar. Que um dia vai entrar pela porta e dizer:
- Amor, cheguei!
E vai ficar para sempre.
Sentada na beira do sofá, tem os olhos fixos no futuro e os ouvidos a adivinharem conversas sem fim. Ela, a noiva do emigrante…